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Cientistas mexem com vírus e DNA para formar ‘origami’

May 26, 2023May 26, 2023

18 de julho de 2023

Jacinta Bowler é jornalista científica na Cosmos. Eles foram publicados no Best Australian Science Writing 2022.

Imagine um vírus. Você está pensando no formato de bola pontiaguda do COVID ou do HIV? Ou os alienígenas como espinhos de um bacteriófago?

Embora as formas dos vírus sejam incrivelmente versáteis, uma equipa internacional de investigadores decidiu ser ainda mais criativa, utilizando modelos de “origami” de ADN para moldar a forma como os vírus se montam.

Esperamos que os resultados divertidos permitam que os cientistas criem vacinas melhores.

A pesquisa foi publicada na Nature Nanotechnology.

Os vírus são simplesmente caixas contendo informações genéticas. A 'caixa' é chamada de capsídeo e protege todo o DNA ou RNA importante dentro dela.

Os capsídeos são normalmente compostos de 20 faces triangulares (como um dado de 20 lados), mas também podem ter menos lados ou ser 'helicoidais' e parecerem mais tubos.

Para formar esses capsídeos, o DNA ou RNA dentro do capsídeo possui instruções específicas para o maquinário dentro de uma célula viva sobre como produzir mais. Quando um vírus infecta uma célula, as instruções são retiradas e a célula começa a produzir novas partes.

Os pesquisadores pegaram esse processo já ajustado e adicionaram um pouco extra – origami.

O origami de DNA é a técnica de dobrar o DNA em formas. A equipe – alguns dos quais são da Universidade Griffith, em Queensland – criou aros e tubos 3D de diferentes tamanhos, todos feitos de DNA, sobre os quais o capsídeo cresceu.

“Essa atividade é mais como embrulhar um presente – as proteínas do vírus são depositadas em cima do formato diferente definido pelo formato do origami do DNA”, diz o Dr. Frank Sainsbury, virologista da Griffith.

“E diferentes proteínas de vírus são como diferentes papéis de embrulho, o que seria relevante para diferentes usos do origami de DNA revestido.”

Embora isso pareça um projeto de artes e ofícios virais, a razão para isso é importante. Os investigadores descobriram que a cápside ainda trabalhava na proteção do ADN interno, o que significa que estes poderiam ser usados ​​para vacinas genéticas ou sistemas de entrega de certas informações genéticas.

Basicamente, o design permitiu que a equipe usasse a capacidade do vírus de entrar furtivamente em nosso corpo para seus próprios fins.

Publicado originalmente pela Cosmos como Para melhores vacinas, cientistas mexem no DNA para formar ‘origami’